O Maestro em ação, gravando as bases de "Interessante" e
"Essa mulher tem qualquer coisa na cabeça" no estúdio da Biscoito Fino
Conheci Roberto, maestro, professor e sangue boníssimo, como diretor musical da montagem de "O Bilontra" da qual fiz parte há alguns anos. Roberto é um cara especial e muito querido. Musical até a medula, obsessivo até a raiz dos cabelos, ele é daqueles que ama o que faz e não poupa coração. Nem caneta. Suas partituras nada têm de protocolares. Os músicos que o digam. É cada descarrego de semicolcheia que só os melhores dão conta das maravilhas que ele escreve. Levi Chaves, craque dos sopros que toca com a gente no espetáculo do Wilson Baptista, também professor, me disse outro dia que muitos dos seus alunos estão querendo estudar os arranjos de sopro que Roberto fez para o projeto. Tamanha a técnica necessária para tocá-los. O mais bacana pra mim é que, mesmo sendo super sofisticados na sua concepção, os arranjos de Gnattali soam naturais, simples (jamais simplórios) e nada forçados pra quem ouve. Descem redondo, como aquela Skol 360. E tem outra: ele tem a capacidade de fazer uma formação pequena, com cinco instrumentos apenas, soar como uma miniorquestra.
Roberto abraçou a "causa" de Wilson Baptista com entusiasmo e é até hoje um dos mais animados da trupe. Fez um trabalho lindo, imenso, em tempo recorde, em condições muitas vezes adversas, e tudo na maior alegria. Frequentou ensaios, estreias, temporadas, sempre em altíssimo astral e rindo alto pra xuxu das nossas cenas de humor. A ponto da gente sentir falta quando ele (raríssimo) não pode comparecer.
Roberto dividiu com Nando Duarte a direção musical e os arranjos das sessenta e tantas músicas que fazem parte do espetáculo (algumas agrupadas em forma de suíte). Quando partimos para o disco, por questões de agenda de Roberto, Nando assumiu o leme sozinho, mas o maestro ainda contribuiu com dois arranjos: o medley "Interessante" / "Essa mulher tem qualquer coisa na cabeça", gravação de Nina Becker (sua filha) em dueto com Wilson das Neves, e "Vinte e cinco anos", gravação de Cristina Buarque.
Resumindo a rasgação de seda: Roberto Gnattali é um cara que admiro em todos os níveis, e quero levar pro resto da vida! Que venham outros projetos com ele!
Maestro, uma ex-aluna sua, minha amiga, tentou comentar aqui e não conseguiu. Aí me mandou por email: "Quero ratificar todos os seus elogios e dizer que foi um prazer para mim ter sido aluna dele na Unirio, uma simpatia de professor, além do talento e competência, claro! - Juliana Sucupira"
ResponderExcluirValeu Juliana! Foi muito legal ser seu professor também!
ResponderExcluirUm super abraço!