sábado, 11 de junho de 2011

Nando Duarte: herói!

Nando Duarte gravando seu violão de 7 cordas no estúdio da Biscoito Fino

Nando e Mart´nália depois da gravação da inédita "Não me pise do calo"

Nando e suas musas Alina e Lia, no estúdio da Biscoito Fino. 
Lá atrás, o queridão Gustavo Krebs, técnico da Biscoito.

          Fernando Viveiros de Castro Duarte, o Nandinho, significa muito para mim. É um daqueles encontros na vida em que tudo soma e nada precisa ser dito. A gente se conhece há muito tempo, dos idos da Escola Parque, quando havia só aquela lá de cima, na última curva da Marquês. São muitos os amigos em comum, entre eles nossos amigos-irmãos (praticamente do berçário) Carlão (Salles) e Rica(rdo Dias), também músicos.
          Nandinho é pai da fofolete Lia e filho do grande contrabaixista Jurandir Meirelles, que, entre outras façanhas, acompanhou Elis Regina na consagradora turnê europeia do início dos anos 70, ao lado de Menescal e Wilson das Neves. Acho que vem do Jura sua relação com a música.
          Camarada daqueles que a gente não tem receio de azucrinar porque a amizade não dá lugar pra suscetibilidades, Nandinho nunca deixou morrer em mim a chama da música, mesmo quando a vida me levava pra outros caminhos. Quando montou seu estúdio caseiro, o que fez? Começou a produzir por conta própria arranjos fantásticos de músicas dos amigos compositores (entre eles, eu), chamando pra dar canjas nas gravinas feras como Edu Neves, Marcelo Caldi e Nicolas Krassik. A empolgação e a curiosidade que ele tem pelo que os amigos produzem é contagiante. Isso pra mim é um retrato da figura generosa que ele é.
          A dobradinha que Nando fez com Roberto Gnattali (guru de todos nós) no projeto do Wilson Baptista funcionou uma maravilha. Dividiram a direção musical e os arranjos do espetáculo. Já no disco, Nandinho seguiu sozinho na direção musical (e como principal violonista das dezenas de faixas do disco), por impossibilidade do maestro, também professor da UniRio.
          Nando Duarte foi um herói. Gravamos o disco duplo em tempo recorde, com arranjos sendo feitos em paralelo às gravações. Foi um processo particularmente complexo, porque envolveu um repertório imenso, fora dos padrões comerciais, e uma grande quantidade de arranjadores, músicos e artistas convidados, com agendas bem específicas. Todos demos o sangue, mas Nandinho segurou o leme com valentia, destreza e talento! O cuidado que ele teve com cada detalhe foi comovente.
          Irmãozinho, entre mortos e feridos, salvamo-nos todos! E que venham as próximas batalhas! (Um agradecimento especial às nossas mulheres Alina e Carol, pela paciência que tiveram conosco nesses últimos meses!!! hehehe)

Um comentário:

  1. Que todos os trabalhos no mundo fossem assim! Feitos entre amigos, com muito amor! A vida seria muito melhor!!
    Que venham outros!!! Já estou psicologicamente me preparando!!!
    Beijos,

    Carol Miranda ( a tal que você agradece pela paciência!!! Rsrs)

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