Dias depois dessa nota, a coluna publicou uma outra, onde a família do Mario agradecia a iniciativa, mas opinava que o bairro mais apropriado para abrigar a estátua seria Copacabana, onde Mario viveu a maior parte de sua vida. Louvei o bom senso da família.
Nota na coluna "Gente boa" sobre a estátua de Wilson na Lapa
A paixão de Wilson pelo bairro era tanta que, apesar de campista, disse ele em "Largo da Lapa": "Foi na Lapa que eu nasci / Foi na Lapa que eu aprendi a ler / Foi na Lapa que eu cresci / E na Lapa eu quero morrer". Em "História da Lapa", evocou os malandros que fizeram história por ali: "Lapa dos capoeiras / Miguelzinho, Camisa Preta / Meia-Noite, Edgar / Lapa, Lapa boêmia / A lua só vai pra casa / Depois do sol raiar". Em "Flor da Lapa", radiografou o fim de carreira de uma "mariposa" lapeana: "Os homens brindavam seu corpo bebendo champanhe / Hoje acaba o cabaré / E ela não tem quem lhe acompanhe". Em "A nova Lapa", lamentou a descaracterização do bairro, vítima de projetos urbanísticos equivocados: "Querem transformar a Lapa / O progresso não respeita a tradição"...
Wilson nasceu em Campos, mas seu amor maior foi a Lapa carioca
Joaquim Ferreira dos Santos abraçou a "campanha" pela estátua do Wilson na Lapa, como uma justa homenagem ao compositor no centenário de seu nascimento, em 2013, e publicou uma notinha simpática a respeito no dia 22 de janeiro. (Como houve um mal entendido quanto ao local de nascimento de Wilson, publicou uma "errata" no dia 25.)
Valeu, Joaquim! Vou levar adiante essa ideia!
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