domingo, 7 de julho de 2013

Samba com marca registrada

O aniversário do Wilson se aproximava e eu, super concentrado em finalizar a sua biografia, achava que a data ia passar em branco, pois não teria tempo para viabilizar alguma homenagem pontual para o dia 3 de julho. Quando Helena Aragão, irmã de meus amigos Pedro e Paulo Aragão, grandes músicos, me procurou dizendo que pensava em escrever algo sobre o centenário de Wilson para O Globo, não imaginei que ela fosse conseguir grande espaço. A Folha já havia queimado a largada, com uma matéria duvidosamente batizada de “Barraco musical” (repisando todos os clichês da Polêmica), realizada às pressas na semana anterior. E meu trabalho sobre Wilson já vinha aparecendo com bastante destaque no Globo, nos últimos anos, desde a matéria de capa do Segundo Caderno “Encontrado um tesouro do samba”, escrita por João Máximo.
Surpresa total: Helena não só conseguiu um espaço incrível, como escreve bem à beça. O trabalho, feito com capricho e atenção ao detalhe, resultou numa das melhores matérias que o projeto já teve, e Wilson Baptista foi lembrado (ou apresentado) do Oiapoque ao Chuí, em grande estilo, no dia do seu aniversário. Realmente os Aragão não estão pra brincadeira!
Observação: quando afirmei algo como “nossa história musical é mal contada”, quis apontar as muitas lacunas que ainda existem, a despeito do trabalho maravilhoso de gurus, a quem tanto devo, como Ruy Castro, Carlos Didier, João Máximo, Sérgio Cabral, Hermínio Bello de Carvalho, Jota Efegê, Ary Vasconcelos, Jairo Severiano e tantos outros... Trabalho com memória e faço questão de lembrá-los - sem eles nada disso teria sido possível.



Nenhum comentário:

Postar um comentário